Quero compartilhar com os amigos uma letra que fiz no ano passado e que, se tudo der certo, será transformada em canção ainda neste semestre:
CATAVENTO DO TEMPO
Fiz um ponto no tempo
Um ponto parco, bem lento
Onde a luxúria e o talento
Lançam fogo no ar
Sem cortesia, milonga
Ou conversa mais longa
Ou hipocrisia “songa-monga”
Para nos entediar
Quero a alegria sem censura
A pornografia mais pura
A nata da loucura
Para dela me fartar
Quero comer desse sexo
Tragar fumaça sem nexo
Num momento desconexo
Que não precise lembrar
Santa mãe das orgias,
Dos bêbados de todas as pias
Daí-nos o dom da picardia
Pois precisamos gozar
Quero orgasmo de rock
Uma batina rosa-choque
Pra detonar em um toque
Quem quiser me difamar
E nesse universo sem início
Na Igreja do Santo Meretrício
Não é nenhum sacrifício
De prazer ajoelhar
Tomei o cabo da nau
Pedi ao âncora do jornal
Que pegasse no meu livro
E parasse de falar
Porque, neste catavento
Mentir é só pra excremento
Pois a verdade é o momento
Em que quero brindar
A deposição da eloqüência
A derrocada da decência
A falência da inocência
Que nos impede de amar
E brindemos o excesso
O estupro do progresso
O elixir do retrocesso
Que não queremos tomar
E tomemos no meio do vento
Para parar o catavento
Apagando aquele ponto mais lento
Para à mediocridade voltar
All, meu querido:
ResponderExcluirJá estou aqui :)
Lindo o poema e, brevemente, a música.
Amei.
Beijos :)